O mundo do futebol vai parar no dia 28 de outubro de 2023. Afinal, é a data de celebração do aniversário de 90 anos de Garrincha, o bicampeão do mundo (1958 e 1962) pela seleção brasileira.
Extremamente vencedor (e tido como muitos como o segundo maior atleta da história do Brasil), o Anjo das Pernas Tortas hoje é uma lenda — e periga se tornar desconhecido dos novos fãs do futebol. É por isso que, hoje, o 1xBet relembra do jogador que chegou mais perto de Pelé enquanto ativo na carreira.
Um início difícil de Garrincha
Nascido Manuel Francisco dos Santos, o jovem Garrincha poderia ser tudo — menos jogador de futebol. Afinal, o “Mané” (como era conhecido) nasceu com uma condição de saúde complicada: a claudicação grave. Isso fez com que sua perna esquerda tivesse 6 centímetros a menos do que a perna direita.
Como se não bastasse, o jovem Mané ainda nasceu com uma deformidade da coluna, deslocamento dos ossos pélvicos e estrabismo.
Para os médicos, o simples fato de Garrincha conseguir andar sem a ajuda de uma enfermeira seria motivo para celebrar. Em uma criança nascida com menos força, a doença significaria uma sentença de morte — mas esse foi apenas o primeiro adversário que Garrincha driblou em sua vida.
Ainda muito jovem, Garrincha começou a se interessar pelo mundo do futebol e encontrou nos campos de terra uma maneira de viver como os médicos achavam impossível. Ele não só corria e disputava, como conseguiu transformar o que, para outros eram deficiências, em suas vantagens pessoais.
A coisa que o jovem Mané mais gostava em campo era inventar dribles e novas formas de ultrapassar seus adversários. Fora de campo, seu passatempo favorito era pegar passarinhos, especialmente os “garrinchas”, pássaros da família das carriças — daí o apelido que viria a se tornar mundialmente famoso (e sinônimo de futebol arte).
Do chão de fábrica até a Estrela Solitária
O início de Garrincha no futebol não foi muito parecido com o começo da carreira de jogadores atuais. Em vez das peneiras e categorias de base, ele começou no chão de fábrica, em sua cidade natal, Pau Grande. Em 1947, então com 14 anos, ele foi contratado para trabalhar como operário e, nos tempos livres, começou a jogar pelo time da fábrica — mas logo foi chamado para o time de futebol amador da cidade.
Pelos próximos 2 anos, o Anjo das Pernas Tortas misturou seu trabalho na fábrica com a sua atuação pelo time amador de Pau Grande em torneios de baixo escalão. Entretanto, sua técnica apurada e ginga eletrizante logo chamou a atenção de olheiros dos grandes clubes do Rio de Janeiro.
Foi aí que Garrincha sentiu novamente o preconceito por conta de suas deficiências físicas. O atleta foi rejeitado por 3 dos grandes do Rio de Janeiro (Flamengo, Vasco da Gama e Fluminense), bem como pelo São Cristóvão. Ninguém queria um jogador manco e doentio (por melhor que ele fosse).
Foi então que surgiu o Botafogo, o clube da Estrela Solitária. Em uma peneira para entrar no clube, Garrincha enfrentou Nilton Santos (na época, já consagrado como titular do Fogão).
Apesar de ser um dos grandes laterais da História do futebol, Nilton Santos não teve o que fazer: foi deixado no vácuo pelo jovem Garrincha, que colocou a bola entre suas pernas duas vezes. Em vez de partir para a agressão, o então lateral da Seleção Brasileira solicitou que o técnico Gentil Cardozo desse uma chance a Garrincha:
“Se esse cara for parar em outro clube, eu não vou conseguir dormir bem. Se ele ficar aqui, são os defensores dos outros times que não vão dormir”, teria dito Nilton Santos.
O Botafogo pagou centavos pelo atacante de milhões
Quem hoje vê atletas de futebol negociados por centenas de milhões de euros, não faz ideia como as coisas foram diferentes. Para ter Garrincha, o Botafogo pagou apenas 500 Cruzeiros ao clube Pau Grande, uma das maiores pechinchas da história do futebol mundial.
Trazendo para a taxa de câmbio de hoje, o valor é pouca coisa maior do que o depósito mínimo na 1xBet. Qual é o valor mínimo de depósito na 1xBet? Apenas R$5 — isso mesmo, imagine trazer um atleta como Garrincha para o seu time por somente R$5.
Obviamente, o investimento se pagou (e muito mais!). Em 12 anos de clube, Garrincha levou o Botafogo a 3 títulos Cariocas e 2 títulos do torneio Rio-São Paulo, além de marcar 85 gols e ser, indiscutivelmente, o maior nome a vestir a camisa do Fogão. Ele também trouxe retorno financeiro ao clube, que recebeu diversos convites para fazer turnês no exterior, que contavam sempre com uma condição: "O Garrincha deve jogar".
Parceria Invicta com Pelé e o Triunfo em 62
Com tanto sucesso no Botafogo, não demorou para Garrincha estrear com a camisa da Seleção Brasileira. Foi em 1955 que o astro do Botafogo fez seu primeiro jogo com a Canarinho.
Aos poucos, ele foi ganhando a vaga de titular na ponta-direita durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958. No entanto, quando o torneio começou, Garrincha voltou ao banco (onde também estava Pelé).
Segundo conta a história, o técnico Vicente Feola considerava a dupla jovem e imatura demais para o torneio.
No entanto, Garrincha sempre teve personalidade forte. Após o segundo jogo da Copa, “prensou” o treinador no vestiário e fez a ameaça: “Ou jogo contra a União Soviética ou não jogo mais na seleção”.
O técnico Feola deu a chance ao garoto, que não desapontou. Dali em diante, a ponta direita da Seleção Brasileira tinha dono: Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas.
Quem se beneficiou disso foi Pelé. O jovem Rei estreou no mesmo jogo contra a União Soviética e se tornou o talismã do time. Na final, a parceria de ambos encantou o mundo e o Brasil conquistou seu primeiro Mundial por 5 a 2.